quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Santa Isabel de Portugal



Santa Isabel Festa 4 de julho.

Rainha Santa Isabel de Portugal
Isabel de Aragão nasceu na cidade de Saragoça. Era filha de D. Pedro III, e de D. Constança de Navarra. A princesa recebeu o nome de Isabel por desejo de sua mãe em recordação de sua tia Santa Isabel da Hungria. O seu nascimento veio acabar com as discórdias na corte de Aragão, pelo que o seu avô lhe chamava “rosa da casa de Aragão”.
As virtudes da sua tia-avó viriam a servir-lhe de modelo e desde muito nova começou a mostrar gosto pela meditação, rezas e jejum, não a atraindo os divertimentos comuns das raparigas da sua idade. Isabel não gostava de música, passeios, nem jóias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade.
A infanta D. Isabel tornara-se conhecida em beleza discrição e santidades. As suas virtudes levaram muitos príncipes apresentavam-se a D. Pedro como pretendentes à mão da sua admirável filha e seus pais escolheram D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal. Isabel estava mais inclinada a encerrar-se num convento, no entanto, como era submissa, casu-se em 1282.
Isabel deu ao rei dois filhos: Constância e Afonso. As numerosas aventuras extraconjugais do marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabel mostrava-se magnânima no perdão criando com os seus também os filhos ilegítimos de Dinis, aos quais reservava igual afecto. Entre seus familiares, desempenhou obra de pacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz. D. Isabel costumava dizer “Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas.”
Após a morte de seu marido, entregou-se às obras assistenciai e fez-se terciária franciscana, após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela e haver dado seus bens pessoais aos necessitados. Fixou residência em Coimbra, junto ao convento de Santa Clara. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, dedicada aos exercícios de piedade e de mortificações. Isabel faleceu a 4 de Julho de 1336, deixando em testamento grandes legados a hospitais e conventos.
Foi canonizada em 1625. Foram atribuídos muitos milagres, no entanto o mais conhecido é o milagre das rosas.
Reza a lenda que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados quando o marido apareceu. O rei perguntou-lhe: “O que levais aí, Senhora?” Ao que ela, com receio de desgostar a D. Dinis, e, como que inspirada pelo céu respondeu: Levo rosas senhor....” E, abrindo o manto, perante o olhar atônito do rei, não se viram moedas, mas sim rosas encarnadas e frescas.

Oração a Santa Isabel

Altíssimo e Soberano Senhor Nosso, que quisestes dar-nos exemplos nos vossos servos, não somente nos claustros e desertos, onde santificastes tantas almas, mas também nos tronos dos reis, e no meio da grandeza e magnificência dos palácios colocastes a virtude, para nos desenganardes de que em todos os estados pode haver o espírito de cristianismo e a salvação. Sois Vós quem, na Rainha Santa Isabel, nos destes o exemplo de um ânimo pacificador, humilde, generoso e caritativo, virtudes tão dificultosas no meio das grandezas humanas, pelo que sejais, para sempre, bendito e louvado. Nós vos pedimos, Senhor, por intercessão desta Santa Rainha, que tão grande foi no mundo e que não é menor no céu, as graças de que tanto precisamos (fazer o pedido); de modo particular a paz em nossos corações e nossos lares. Ó Deus, que sois tão admirável entre vossos santos, compadecei-Vos de nossas misérias e deixai-Vos mover das preces de vossa serva: excite-se a nossa sonolência, anima-se a nossa franqueza: recebamos todos novo ânimo na devoção desta grande serva vossa, reformem-se nossos costumes, e preparem-se assim para nós os caminhos da eterna felicidade.
Assim seja. (Rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória ao Pai, com a jaculatória: ("Santa Isabel, rogai por nós".)

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