sábado, 24 de janeiro de 2009

São Gonçalo - Protetor dos Violeiros



São Gonçalo Festa 10 de janeiro

São Gonçalo é um santo português com culto permitido pelo papa Júlio III em 24 de abril de 1551. Nascido em Tagilde no ano de 1187. Em toda sua vida dedicou-se a fazer o bem e transmitir o amor a Deus e a paz espiritual ao homem. Nas suas peregrinações, levava consigo uma viola de cordas invocava o povo através de suas melodias, tocadas nas rodas de danças formadas ao ar livre, por moças e rapazes. Além das mensagens de fé e carinho que transmitia, ele foi exemplo de dignidade e santificação. Existem muitas lendas a respeito do santo protetor das mulheres e dos casais apaixonados. Contam que ele transmite tranqüilidade e alegria a todos. Protege sempre os que amam.

Ainda jovem, Gonçalo deu indicações de que seria um santo. Concentrou-se nos estudos da Igreja e recebeu treinamento na casa do arcebispo de Braga. Após a sua ordenação, foi dado a ele cuidar de uma paroquia rica e seria um posto que deveria deixar Gonçalo muito feliz, mas ele não estava interessado em paroquianos ricos e assim ele foi ajoelhar-se aos pés da Virgem Maria, no seu templo favorito, e pedir a ajuda para administrar o seu oficio. Ele se penitenciava, mas era indulgente com aqueles que davam dinheiro para os pobres.
As contribuições que recebia para si, ele dava aos pobres e aos doentes. A paróquia de fato estava indo muito bem quando ele a passou para o seu sobrinho. Logo depois ele fez uma peregrinação a Terra Santa e lá queria ficar, mas o arcebispo ordenou que voltasse para Portugal. De volta à sua terra e à paróquia, teve o grande desgosto de encontrar na pessoa de seu sobrinho, um sacerdote esquecido dos seus deveres, homem vivendo em luxo, desprezando os pobres e necessitados, dando mau emprego às esmolas que recebia.

A Santa Virgem apareceu a ele uma noite e disse a ele que entrasse para a ordem que tinha o costume de começar o Ofício com a "Ave Maria Gratia Plena". Ela disse ainda a ele que esta Ordem era muito querida para Ela e que tinha a ela uma especial proteção. Gonçalo então saiu a procurar a ordem e eventualmente encontrou o convento dos Dominicanos. Ali ele terminou a sua procura e pediu o hábito.
Após Gonçalo passar pelo noviciado, ele foi enviado de volta a Amarante com um companheiro para fundar uma casa da ordem do Dominicanos por lá. O povo da vizinhança logo espalhou a noticia que o santo eremita estava de volta.
Um dos vários milagres de Gonçalo foi durante a construção de uma ponte sobre o rio que era muito bravo e não permitia que as pessoas do outro lado viessem visitar a ermida no tempo das águas. Não era um bom local para se fazer uma ponte mas Gonçalo seguiu, segundo ele, diretrizes vindas do céu.
Dois fatos extraordinários, por todos qualificados milagres, marcaram a intervenção do Santo naquela obra gigantesca que foi a construção da ponte. Quando lhe faltava mantimento para os operários, se punha em oração à borda do rio, pedindo a Deus socorro, e fazendo sobre a água o sinal da cruz, apareciam em grande chusma peixes de todo o tamanho, e facilmente se deixavam pegar.
E certa ocasião faltaram vinho e água, deficiência esta que seriamente vinha a comprometer a continuação das obras. O servo de Deus nesta sua aflição subiu ao monte situado junto do oratório, prostrou-se por terra e pediu a Deus o socorresse naquela necessidade. Acabada a oração, com o bordão tocou o rochedo, invocou o nome de Jesus e imediatamente saiu vinho e abundância. Uma pedrinha que punha no orifício da fonte vinhateira, fazia às vezes de uma torneira, a abrir e fechar. Uma segunda pancada deu na parte contrária do penedo, invocando outra vez o nome de Jesus, e saiu água tão clara, mais clara que a do rio.
O milagre dos peixes se repetiu muitas vezes. As obras da ponte foram levadas ao fim. A fonte do vinho secou, não porém a da água; que está aberta até ao presente, e, bebendo dela, muitos enfermos recebem a saúde.
São Gonçalo morreu aos 10 de janeiro, de ano incerto, presumindo-se que fosse em 1259, no seu humilde leito de palha de eremitério, confortado pelo seu companheiro de hábito e em meio de visões celestes. Após sua morte, passou a ser protetor dos violeiros, remédio contra as enchentes, além de casamenteiro.

Nenhum comentário: